sábado, 4 de dezembro de 2010

A menina da Janela


Como tudo começou
 
Na varanda, em pé, sentindo a brisa que bate no meu rosto e bagunça meu cabelo, e olhando as estrelas, que brilhavam tanto que era de se encher os olhos.
Esse é o meu refugio. A varanda é o único lugar que eu me sinto livre pra sonhar e para cantar.
Meu corpo podia esta bem ali, mas minha mente vagava distante por ai. No dia em que o vi pela primeira vez, estava no transe que eu acabara de descrever. Ate que eu ouvi um barulho que me chamou atenção. Um riso. Ele ria com vontade, como uma criança num parque de diversões. Queria entender o que ele via de tão engraçado, o que fazia rir tão alegremente. Por um momento, tive vontade de descer as escadas do meu apartamento, e me deixar contagiar por aquela alegria, mas me contive.
Ele andava distraidamente, todo alegre e sorridente, sem se preocupar com nada.
Ah, como eu queria poder enxergar motivos pra poder sorrir, mas nem que seja um pequeno sorriso de canto, mas verdadeiro.
Horas e depois dias se passaram e aquele tal garoto alegre não sai da minha cabeça de jeito nenhum. Seu riso ecoava pela minha mente, seu rosto é inesquecível. Ele tinha feições tão másculas que era de deixar qualquer garota babando.
Todos os dias eu fazia a mesma coisa, ia pra janela, na esperança de que ele passasse aqui em baixo, e notasse a minha presença.
É incrível, como tal consegue me fazer tão bem, sem nem mesmo me conhecer e saber que eu existo.
Um dia desse eu estava andando pela rua distraidamente, quando o vi. Na hora que os nossos olhos se cruzaram, meu coração bateu tão forte, que quase saiu pela boca.
Ele estava com o uniforme de um colégio que eu conhecia muito bem, o Halley Harprey High School. Eu tinha uma amiga que estudava lá, chamada July.
Não sei bem o que me deu naquele momento, mas assim que cheguei em casa , peguei o telefone e disquei o numero dela. Só dava caixa postal. Fiquei histérica.
Olhei no relógio. Ainda eram 1 da tarde , ela não teve ter chego ainda.
Decidi que mais tarde eu ligaria.
Mas o tempo insistia em passar devagar, então peguei meu violão e comecei a tocar "The only exception".