domingo, 12 de setembro de 2010

Never say never - Parte I


Ele estava prestes a ir embora quando enfim eu disse: - Espera. Antes de você partir, preciso te revelar uma coisa muita importante. Preciso que você me escute – Ele estava quase na porta quando virou o pescoço e olhou para mim. Seu rosto demonstrava indiferença, mas eu sabia que no fundo ele estava ardendo de raiva por eu ter mentido pra ele todo esse tempo. “Então abrirei mão de todos os meus segredos agora, não preciso de outra mentira perfeita.” disse para mim mesma.
- o que você tem pra falar comigo? Fale logo, estou com pressa. - ele falou friamente. Seu rosto tinha mudado. O que antes era calma e indiferença, agora se transformou em raiva. Seus olhos estavam cheios de ódio, e esse ódio o estava dominando. Quase cheguei a acreditar que ele seria capaz de me bater. Quase. Então nos segundos seguintes ele voltou a si, e se acalmou. Eu estava nervosa, não sabia o que dizer. Eu havia jurado para mim mesma que acabaria com as mentira, que me separavam do Josh, e nos faziam ficar cada ver mais distantes.
- Não quero que tudo entre nos acabe. Você sabe mais do que ninguém o quanto eu te amo. Sei que foi errado da minha parte ter ficado com outro garoto, mas você tem que entender que eu não fiz por mal, eu estava totalmente fora de mim.  - ele ainda estava me olhando cautelosamente, ele não parecia nem um pouco abalado, então eu continuei: - eu havia bebido todas, aquela noite, nos havíamos brigado e eu estava com muita raiva de você e a bebida serviu com um anestésico para toda a dor que eu tava sentindo, e junto com a anestesia que ela me trousse, veio também a incensastes e a inconseqüência. Eu não sabia o que eu estava fazendo, só sei que... - tentei, mas não consegui, segurar as lagrimas. Assim que a primeira lagrima saiu do meu rosto, foi impossível segurar as outras. Eu pouco tempo, já havia chorado um rio de sentimentos. Dor, raiva, arrependimento e tristeza, tudo, de uma vez só. - só sei que... se um pudesse faria tudo diferente.- disse as prantos. Josh agora estava do meu lado, me segurando para que eu não caísse. Eu me sentia fraca e debilitada. Era como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. Ele me abraçou de lado, e me guio ate o sofá, eu sentei e ele se sentou a meu lado.
Eu o encarava, mas ele não dizia nada. Ainda estava com aquela expressão de garoto forte, que não se entristece com nada. Não sei por que ele ainda mantinha aquela postura. Parecia que ele tinha medo de mostrar para o mundo quem ele realmente era por medo de sofrer. Uma parte daquilo era minha culpa, eu o havia feito sofrer, mas juro que não foi minha intenção.
- Eu preciso que você me perdoe – disse colocando minha cabeça em seu ombro, olhando para o seu rosto. Ele ainda estava inexpressivo. O que me deixou apreensiva. “Será que ele vai me perdoar, ou esta tudo realmente acabado entre nos”?, perguntei para mim mesma
- Você precisa descansar. Você esta fraca.  – Josh disse se afastando minha cabeça do seu ombro e se levantado – Venha, eu te ajudo a ir pro quarto – ele estendeu sua mão pra mim
- Não preciso da sua ajuda – disse tentando me levantar, assim que me coloquei em pé, perdi o equilíbrio e cai de costas no chão. Josh colocou uma mão por baixo do meu pescoço e a outra em baixo dos meus joelhos e me levantou, colocando-me deitado no sofá.
- Você teimosa como sempre – Ele riu. Não sei o que ele viu de engraçado, mas eu não gostei nem um pouquinho do jeito dele de deboche.

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