domingo, 12 de setembro de 2010

Never say never - Parte II


O encarei com raiva. Eu não sou nervosa coisa nenhuma, é ele que me tira do serio. Tudo que eu acabei de dizer não valera nada pra ele? Eu tinha pedido perdão e tudo mais e ele continua agindo com indiferença e ainda debocha da minha cara.
- Vai embora daqui. Eu não preciso de você. Vá, e nunca mais volte - aquelas palavras cortaram meu coração, e o de Josh também. Dava pra ver que ele ficou magoado com aquilo. Sei que fui rude demais, mas ele merecia. Ele me lançou eu olhar triste, e foi em direção à porta, e sem dizer mais nada, foi embora. Pra sempre, talvez.
Tudo que eu tinha acabado de dizer pra ele era mentira. Eu o queria cada vez mais perto de mim, eu precisava dele e queria que ele nunca fosse embora. Era isso que eu queria ter dito, mas saiu tudo ao contrario.
Eu estava me sentindo fraca e sozinha. Ainda estava deitada no sofá, com ele me deixara. Tentei me levantar, mas novamente minhas pernas bambearam. Sentei-me no sofá, a única opção que me restara, e novamente fui tomada por uma enxurrada de sentimentos. Me mundo tinha desabado, e a única coisa que me restara fazer era chorar. Eu tinha acabado de perder o amor da minha vida, por causa de um ato sem pensar, ou melhor, dois atos.
Eu sou mesmo eu besta, como pude deixar Josh escapar. Ele era o melhor namorado do mundo, carinhoso, engraçado, fofo, romântico. Mas, talvez tenha sido melhor assim, eu não o merecia, e todos sabem muito bem disso.
A única coisa certa a fazer era segui em frente, e tentar esquecer o Josh, por mais difícil que isso possa ser. “É um passado que deve ser esquecido.” Fiquei repetindo mentalmente para mim mesma.
Enxuguei minhas lagrimas, e tentei sorrir. Estava decidida a mudar. Uma voz dentro de mim dizia que é tempo de recomeçar, de refazer e reavaliar. E eu sabia que ela estava certa. Porque mais que me doa esquecer o Josh, eu tinha que faze isso para o meu próprio bem.
Estava cansada demais, então decidi dormir. Eu não estava em condições de me levantar, então me deitei no sofá e cai no sono lá mesmo.
O sonho começou com uma risada um tanto familiar.
No sonho, eu estava em um campo cheio de flores. Era de dia, e o sol cintilava sobre minha cabeça. Eu estava usando uma blusa azul, com magas ate o pulso e um short jeans escuro. Sentei em meio às flores e peguei uma. Fechei meus olhos, sentindo a brisa leve que me rodeava. Foi quando eu ouvi um barulho, que não parecia nem um pouco com flores roçando umas nas outras por causa da brisa.
Dei uma olhada ao redor, e foi ai que eu vi uma figura encostada em um arvore, a poucos metros de distancia. Era Josh, e estava rindo daquele mesmo jeito de deboche que tanto me irritava.
Larguei a flor no chão, me levantei e caminhei ate ele. Ele continuou lá parado encostado na arvore, mas agora sua expressão havia mudado, ele estava com aquele sorrisinho metido, de bad boy que fazia todas as garotas se derreterem por ele.
- Josh? O que você esta fazendo aqui – perguntei me aproximando cada vez mais dele
- O mesmo que você, minha pequena. Vim me acamar. Vim procurar refugio do mundo escuro e pavoroso que nos cerca.
- Do que você esta falando, Josh? – o encarei confusa, hesitei, mas depois continuei andando ate ele.
- Sei que você esta triste, e esta procurando consolo, assim como eu.
- Eu não estou triste! Porque estaria? – gritei. Eu não estava muito perto dele, mas ainda sim dava para ver claramente o seu rosto. O sorriso que continha em seus lábios, agora sumira dando lugar a dor e a tristeza.
- Você esta triste por que perdeu suas forças! E também por que me perdeu de uma vez por todas!
Quando ele disse aquilo, eu congelei. Eu sabia que no fundo aquilo era verdade, mas eu não queria assumir.
- Não, eu não estou triste. – neguei. Minha voz soou mais controlada do que eu esperava. Esperei uma resposta, mas ela não veio. Então o Josh começou a desaparecer. Ele foi ficando cada vez menos visível. Corri até ele, mas era tarde demais, ele já havia se desmaterializado.- JOSH! JOSH! JOSH! – Gritei para o vento. Olhei ao redor, mas ele não apareceu. E mais uma vez ele havia ido embora por minha causa. Talvez tenha sido melhor assim mesmo. Eu tinha que o esquecer de uma vez por todas. E ficar sonhando com ele não ajudava muito. 

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